Insane chronicles

O porto de abrigo de pensamentos aleatórios e desprovidos de sentido que não têm mais nenhum local para onde ir.

Condado das Nuvens - nivel 1, sessão 1  

Participantes (5): Kell (Fighter 1, David Claudino), Agnar (Sorcerer 1, André), Surma (Beguiller 1, Joana), Nagara (Druid 1, David Pisco), Tyrion (Bard 1, David Rosa)
   
A aventura começou com o grupo de personagens a registar-se no Forte da Pata do Urso como aventureiros oficiais no Condado das Nuvens. Deslocaram-se depois para a "Estalagem do Gigante", um estabelecimento que Tyrion afirmou ser conhecido pela sua boa comida e por ser o ponto de encontro mais acolhedor nas redondezas.
 
Depois de alguma confusão com o lobo de Nagara, seguiu-se uma refeição rápida e uma consulta no swordpoint local, enquanto Tyrion captava a atenção dos clientes da estalagem com os seus dotes musicais. A única proposta interessante vinha de uma elfa actualmente hospedada na estalagem, Sylvur. Após um breve contacto com ela, ficou acordado verbalmente em como os aventureiros deveriam ocupar a Torre das Escamas de Pérola dentro de duas semanas. Quando questionada sobre as suas intenções, simplesmente respondeu que tinha sido encarregada por Elanya, a Senhora de Entre Lagos para ocupar e habitar a torre de forma a assegurar a região, mas que devido a problemas pessoais não o poderia fazer pessoalmente. Entusiasmados pela recompensa de 500gp, o grupo não perdeu tempo e partiu rumo a Porto Novo, a localidade mais próxima da Torre.
 
No final do dia começou a chover. Felizmente estavam bastante perto de Cruzilhada, uma pequena vila de onde partem as três principais estradas do condado. As ruas estavam vazias e não parecia haver estalagens na proximidade, até que um sujeito chamado Ali os interpelou oferecendo-se a leva-los para uma estalagem que correspondesse as suas necessidades em troca de 1cp por pessoa. Consciente de que necessitavam de uma estalagem, mas mesmo assim relutante em pagar ao maltrapilho, Surma tomou a iniciativa e fez uma magia de charme ao indivíduo, que prontamente os levou para o “Dragão Fumegante”, a única estalagem livre que aceitaria o lobo de Nagara sem levantar problemas.
 
À entrada para a taverna, contudo, surgiu outra situação constrangedora. Um guarda miliciano enfurecido tinha acabado de expulsar brutalmente um mendigo para o exterior da estalagem, por estar a incomodar a paz do gerente e dos seus respectivos clientes. Quando este lhe pediu misericórdia, o guarda desembainhou a espada e, se não tivesse sido pela intervenção diplomática de Tyrion e Surma, o desfecho poderia ter sido sangrento.
   
O mendigo coxo, de nome Jakk, depressa tentou apelar à bondade dos aventureiros para o ajudar. Jakk implorou-lhes por uma noite na estalagem pois estava faminto, tinha dores e sentia-se doente. Ali tratou-o com algum desprezo, referindo que todos os mendigos tinham hipótese de ganhar o seu sustento ao realizar trabalhos como o seu e Jakk não trabalhava simplesmente por preguiça. Jakk contestava que sempre foi muito doente dos ossos e não podia trabalhar.
 
Por momentos as opiniões do grupo quanto ao que deveriam fazer estavam divididas sobre se deveriam pagar os 11sp da sua estadia, contudo Nagara (para choque dos outros) detectou sinais de tuberculose avançada no mendigo. Receando contraírem a mesma doença, o grupo de aventureiros rapidamente optou por abandonar Jakk ao seu destino. Desconfortáveis com a chuva que tinham apanhado e incomodados pela cena a que tinham assistido, comeram brevemente qualquer coisa na sala comum e apressaram-se para o seu quarto.
 
 
Outra informação que Tyrion forneceu (bardic lore)
 
Acerca do Forte da Pata do Urso:
O Forte da Pata do Urso é uma fortaleza que serve de controlo a entrada e saída de pessoas do condado, bem como a defesa e protecção da rota de caravanas a norte do condado. O seu brasão é uma cruz púrpura num fundo amarelo.
O forte demorou seis anos a ser construído, utilizando engenheiros anões e mão-de-obra humana. Durante a sua construção foi vítima de um cerco e local de uma batalha contra uma pequena horda de humanóides selvagens e as suas estruturas provaram ser um excelente meio de defesa do vale (ainda que incompletas). Diz-se que o castelo pode tornar-se quase indestrutível desde que tenha no seu interior homens competentes.
Devido a uma série de eventos pouco claros envolvendo a morte ou assassinato do antigo lorde Kendrak Earthfist, o actual lorde é Killip Earthfist, o seu filho, um antigo aventureiro. Diz-se que Killip nunca mais foi o mesmo após a morte do seu pai. Os antigos companheiros de aventura de Killip aceitaram sediar-se aqui, todos eles guerreiros competentes e poderosos, que têm papeis parte chave na defesa militar da zona e do condado.
À sombra do forte está a Estalagem do Gigante, propriedade da família de gnomos Goldbuck. Ninguém poderia desejar mais conforto e hospitalidade nas redondezas e as histórias da qualidade da sua cozinha viajam longe pelas estradas.
 
Acerca de Cruzilhada:
Cruzilhada é uma aldeia que beneficia da intersecção de 3 rotas comerciais. É um ponto de passagem obrigatório para caravanas e aventureiros e o seu regente Cedric Maes explora esse ponto a seu favor, ganhando muito lucro através da exploração das caravanas e aventureiros que por lá pernoitam. Caso uma estadia não seja preparada com a devida antecedência, uma noite numa das estalagens da vila pode custar muito mais do que se poderia calcular
Aparte da exploração financeira, Cruzilhada tem fabricantes, artesãos e inventores capazes e é possível encontrar de tudo um pouco à venda. Inclusive, um dos poucos feiticeiros no condado que fabrica itens mágicos simples para venda a terceiros reside aqui.


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40000 Km  

O meu carro fez ainda há pouco os seus 40000Km, quando estava a passar pela rotunda do Centro Sul em direcção ao Feijó. Demorou 3 anos, 4 meses e 6 dias a completá-los.
 
Sim, tenho perfeita noção que há camionistas que fazem esta distância em menos 3 anos do que eu... mas não deixa de ser notável para mim: 40000Km equivale praticamente a uma volta ao mundo (40075,16 Km), algo como dar a volta ao mundo e parar na estação de serviço de Alcaçer do Sal para ir aos lavabos e comer qualquer coisa antes de chegar a casa.
 
Eu gosto de números especiais e capicuas e presto especial atenção aos que passam pelo meu conta-quilómetros. Consigo-me recordar dos locais onde estava com o meu carro quando passei por algumas destas quilometragens:
 
- 10000Km: a cerca de 50m de Ranholas (mesmo à entrada de Sintra);
- 20000Km: Feijó, uma vez qualquer que fui buscar a Carina;
- 30000Km: Algures no meio de Elvas;
- 40000Km: Rotunda Centro Sul, Almada.

Já agora, os 40004Km foram na rotunda do Racoon's, Feijó.


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Chapéu de chuva da Prada, alguém?  

Hoje no comboio assisti a uma das conversas mais fúteis e desprovidas de conteúdo de que tenho memória, portanto resolvi elaborar um comentário com um semblante vagamente crónico sobre ela para por neste blog. Achei que ficaria a condizer lindamente.
 
A ilustre oradora discutia acerrimamente com a sua amiga a dificuldade em encontrar casacos de inverno verdadeiramente quentes/impermeáveis e "fashion" (citando a ilustre oradora) e se seria ou não preferível passar frio ou ficar molhado no processo de vestir bem e bonito em vez de vestir qualquer coisa quente e confortável mas extremamente ofensiva à vista. Os exemplos utilizados foram o chapéu-de-chuva e o anorak, que aparentemente estão “completamente fora de moda” (voltando a citar a mui eloquente oradora).
 
Apesar de ser um completo nabo no que toca a moda ou coisa que o valha, a conversa pareceu-me ter um fundo de razão. Todas as peças de roupa já tiveram na moda, menos o anorak. Os cachecóis já estiveram na moda, os gorros já estiveram na moda, os casacos de ganga e de malha já estiveram na moda e até houve uma altura onde os ponchos eram o último grito, mas os anoraks nunca estiveram na ribalta. Que conclusão tirar? Provavelmente a moda nunca se preocupou muito em manter as pessoas que a seguem quentes e secas ao mesmo tempo. É compreensível: as passerelles parisienses e milanesas certamente têm ares condicionados capazes de gerar frio, mas não têm infiltrações e fugas de água como a maioria dos edifícios portugueses. Se chovesse dentro do atelier de Giorgio Armani como cá já vi chover em casas, estações, centros comerciais e hospitais, este certamente estaria mais preocupado em fazer roupa impermeável e quente. Isso é que era: ver os grandes estilistas a trabalhar com oleados e galochas!

Até os chapéus-de-chuva tiveram em tempos idos o seu período de glória... que corresponde ao tempo dos nossos avós. Que jovem usa um chapéu-de-chuva? Não creio que seja só por uma questão de moda – é também porque tal acessório não é prático. O anorak, mesmo que não proteja da chuva, também protege do frio. O chapéu-de-chuva não tem utilidade nenhuma se não chover. O homem debate-se com outro problema ainda: um homem molhado é másculo e transude sensualidade, enquanto um homem de chapéu-de-chuva é um mariquinhas que não é capaz de andar à chuva. Portanto além de ser “fora de moda” e pouco prático, ainda nos estraga o engate. Pessoalmente recuso-me a utilizar chapéu-de-chuva, não por nenhuma das razões acima mencionadas, mas sim por razões ecológicas: sempre que saio de casa com um chapéu-de-chuva não chove e não quero ser mais responsável pela desertificação da península ibérica que qualquer outro poluidor, não-reciclador e adepto de ar condicionado/aerossóis.

Pergunto-me, contudo, se a triste realidade dos anoraks e chapéus-de-chuva seria diferente se estes artigos fossem lançados ao mercado pelas grandes marcas de roupa. Um anorak com padrão leopardo por fora e forro em pelo de foca bebé da Gucci? Um chapéu-de-chuva com lantejoulas e punho revestido em pele de crocodilo da Prada? E umas galochas douradas e castanhas fabricadas à mão pela Louis Vuitton? Talvez esse fosse um mundo onde as seguidoras da moda não tivessem de enfrentar a difícil escolha entre um sobretudo foleiro e uma pneumonia…

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PS: Por favor, não me entendam mal. Eu sou um grande apoiante da moda nua e crua. Especialmente da nua, quando passa no Fashion TV. Ou da crua, quando tenho fome e apanho a tele-culinária…


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Au revoir, cama  

Segunda-feira passada aconteceu-me algo no mínimo insólito. Sentei-me simplesmente na beira da minha cama para me descalçar quando esta se parte estrondosamente. 
 
Eu adorava aquela cama. Já a tinha desde os meus seis anos e os seus 17 anos de existência já começavam a dar sinais de que iria precisar de reforma brevemente: já não chiava da mesma maneira quando as pessoas se mexiam em cima dela, as junções metálicas estavam a ficar dobradas lenta mas seguramente e ocasionalmente caia uma tábua do estrado. Mas o seu momento de destruição foi em tudo semelhante ao de qualquer peça de mobiliário/tecnologia geralmente sofre em minha casa: súbito, ruidoso, até teatral, geralmente precedido de um período de agravamento do seu estado geral e despoletado por uma utilização "insignificante" (ainda me lembro como a penúltima fritadeira se estragou, aquecendo tanto que o plástico do invólucro começou a derreter-se lentamente).
 
A parte triste é que até então nunca me tinha apercebido da importância que aquela cama tinha para mim. A presença dela foi constante numa grande parte da minha infância e a adolescência. Em vez de ser a família que faz parte de mobília, aquela cama já fazia parte da família. Contudo, não deixa de ser irónico que numa casa repleta de móveis antigos se tenha estragado o móvel mais recente. Ainda mais triste é chegar ao ponto em que o meu próprio imobiliário me dá indirectas para eu emagrecer...
 
Oh well, agora vai-se seguir uma saga interessante que é o processo de escolher uma cama nova. Para mim, o dilema de escolher uma cama nova apresenta-se mais ou menos como procurar um par de óculos que condiga com a nossa cara. Primeiro: estamos tão habituados aos óculos/cama antigos (ou ausência deles, no caso dos óculos) que qualquer outra parece que vai ficar horrível, mais ou menos como tentar escolher uma nova cara/quarto. Segundo: quanto mais escolha há, maior o tempo desperdiçado a procurar, quando na realidade todas as camas/óculos são parecidas entre si. Terceiro: apesar de as camas serem relativamente baratas, ainda existem camas de 499€ (45% de desconto inclusive). Quarto: mais lojas vejo, mais chego à conclusão que as camas que poderiam ficar bem no meu quarto são aquelas que custam 499€ (45% de desconto inclusive), mesmo que todas se pareçam entre si.
 
Agora apenas me resta esperar que tal martírio não dure demasiado tempo, tenho exames para estudar (embora não pareça)...
 
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PS: E para os leitores que não me conhecem: não, não costumo ser sentimental com peças de mobiliário ou tecnologia. Muito pelo contrário, existe um gozo inigualável em destruir essa peça em pedaços muito, muito pequeninos. Na realidade funciona como um grande descarregador de stress e acho que toda a gente deveria ter um dia da semana dedicado a partir coisas - seria um mundo com menos stress e raiva acumulada. Ainda me lembro daquele armário gigante que ajudei a destruir quando fui ajudar a Arlete a mudar-se para a nova casa dela, those were the days…


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Here we go again...  

Alguns de vocês podem estar a pensar “mas porque raio é que ele ainda tenta?” ou “ele não terá mais que fazer?”. Bom, parece que sim, tenho tempo extra para queimar e decidi tentar uma terceira vez escrever e manter um blog minimamente actualizado.

Fica a mensagem para aqueles que têm tempo a mais e querem gastar algum a ler parvoíces por aqui: não o façam. Se pensarem bem decerto encontrarão duas ou três ocupações melhores para o vosso tempo. Ou então leiam, se não se lembrarem de nenhuma…

…E já agora, se gostaram e não tiverem mesmo mais nada para fazer e muito, muito tempo, comentem também.


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